Uma decisão polêmica do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), vem chamando atenção em todo o Brasil e provocando debates. Ele atribui a redução de mais de 30% nos atendimentos das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ao combate à chamada “máfia dos atestados”.
Nas últimas semanas, a Prefeitura intensificou o monitoramento das UPAs e identificou um aumento expressivo de pacientes às segundas-feiras, justamente no horário comercial. De acordo com Abilio, muitos procuravam atendimento apenas para conseguir atestados médicos e justificar ausências no trabalho.
“Se eu mostrar aqui, a UPA do Morada do Ouro está vazia numa terça-feira. Você já viu isso? O enfrentamento à cultura do atestado curou muita gente”, ironizou o gestor ao mostrar imagens do circuito de segurança das unidades em uma coletiva de imprensa.
Para conter o problema, ele recomendou que os médicos fossem mais rigorosos na concessão de atestados — uma medida que, segundo o prefeito, já resultou em queda de 30% na demanda por atendimentos.
O prefeito compartilhou em seu Instagram prints das câmeras de segurança e afirmou que parte dos pacientes foi “milagrosamente curada” após as mudanças. “Agora, a decisão de dar o atestado ou não é do médico. Se o médico avaliar que o paciente precisa, ele tem total liberdade”, pontuou.
Abilio afirma que existe uma “cultura” de buscar atendimento médico apenas para “folgar” do trabalho, o que prejudica pacientes realmente doentes e sobrecarrega os serviços de saúde.
